Mycobond

Embalagem cresce sozinha e é comestivel.
Além de usar somente fontes renováveis, a embalagem, depois de usada, serve como adubo para o jardim.

 

São Paulo - Na verdade, a Mycobond é uma espuma tão natural que não haveria nem mesmo problema em comê-la - apesar do produto não possuir valor nutricional e, segundo a fabricante, ter uma gosto não muito agradável.

 Composto de restos agrícolas e cogumelo, ela tem um processo de fabricação que requer somente 1/8 da energia e 1/10 do dióxido de carbono de embalagens de espuma convencionais. Além de usar somente fontes renováveis, que não dependem do petróleo, a embalagem, depois de usada, serve como adubo para o jardim.

A ideia é Gavin McIntyre e Eben Bayer, dois alunos do Instituto Politécnico Rensselaer, que fundaram a Ecovative Design em Nova York, Estados Unidos. Materiais como sementes de algodão ou fibras de madeira são usados para alimentar as fibras do cogumelo mycelia, que crescem em à temperatura ambiente em local escuro.

Esse crescimento se dá em uma estrutura plástica moldada, que pode ser customizada a pedido do cliente. Portanto, não se gasta energia modelando os produtos: ele já "cresce" na forma correta. Uma vez pronta, cada peça é aquecida para cessar o crescimento do fungo.
No momento, McIntyre e Bayer trabalham com a National Science Foundation para reduzir ainda mais os impactos ambientais de produto. Eles desenvolvem um novo método para esterilizar o material agrícola inicial, uma etapa necessária para eliminar os esporos que possam competir com os dos cogumelos mycelia. Atualmente, a esterilização é feita com vapores, mas óleos de produtos como canela e orégano podem ser utilizados na etapa.

Se bem sucedidos na melhor do processo de esterilização, a energia necessária para a fabricação das embalagens será apenas 1/40 da necessária para produzir espumas de polímeros convencionais.
As embalagens, chamadas EcoCradl, podem ser encomendadas no site da empresa - que também desenvolve outros produtos com o Mycobond, como isolamento térmico para casas.
Fonte: http://portalexame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/noticias/embalagem-cresce-sozinha-comestivel-582562.html